Veja os carros mais econômicos do Brasil entre 795 modelos e versões.
Em maio, serão incluídos modelos movidos a diesel.
O Inmetro divulgou o ranking de consumo de carros ano 2016 do Programa de Etiquetagem Veicular. Desta vez, todas as marcas participaram dos testes, que já englobam 90% dos carros vendidos no Brasil. Entre as “novatas” está a Chevrolet.
Até 2017, o programa será expandido para 100% da frota nacional, conforme exigência do programa Inovar-Auto.
Apenas os modelos fabricados a partir de 2016 exibem as informações completas, com emissão de poluentes como hidrocarbonetos, monóxido de carbono e óxido de nitrogênio. Até então, apenas a emissão de gás carbônico era monitorada.
“A decisão de comprar um automóvel, hoje, tem muito a ver com o design, a performance, mas também cada vez mais com a eficiência energética e o nível de emissão. Hoje, apenas os Estados Unidos e o Brasil fazem essa etiquetagem simultânea”, afirma o presidente do Inmetro, embaixador Luís Fernando Panelli.
Até o fim de 2016, a tabela terá 131 inclusões, totalizando 926 modelos diferentes de veículos de todas as montadoras e importadoras.
Veículos leves a diesel (picapes, utilitários e off-roads), picapes convencionais e microcompactos (até 6 metros de comprimento) passarão a receber, a partir de maio, etiquetas do Inmetro.
Desde o ano passado, as informações são atestadas e homologadas pelo Ibama, de modo a evitar “camuflagem” nos dados por parte das montadoras.
A manutenção do selo no carro até o momento da venda é obrigatória, e o consumidor pode acionar o Inmetro se a informação não estiver disponível.
Os dados sobre eficiência energética e nível de emissão de gases também estão disponíveis no site do Inmetro e em um aplicativo para celulares chamado “Etiquetagem Veicular”, disponível para Android e iOS. As etiquetas afixadas aos veículos incluem um código eletrônico (QR code) para o download da plataforma.
Estudos feitos pelo Inmetro apontam que 7 em cada 10 consumidores levam as etiquetas de eficiência em consideração na hora da compra de eletrodomésticos, lâmpadas e outros tipos de produtos. O responsável pelo programa de avaliação, Alexandre Novgorodcev, diz acreditar que o mesmo pensamento será estendido aos compradores de veículos.
“Quem vai comprar um carro já busca a sua categoria, ele não vai buscar categoria de carro. Você já pode escolher o modelo mais eficiente e, agora, vai poder escolher também o mais limpo, o mais sustentável”, diz Novgorodcev.
O nível de eficiência e de poluição é medido na comparação em uma mesma categoria – compactos com compactos, utilitários com utilitários, por exemplo. No geral, os modelos mais eficientes são, nesta ordem, Toyota Prius, Peugeot 208, Ford Fusion Hybrid, Lexus CT200h e Volkswagen Up! TSI.
Receberam o selo do Conpet de Eficiência Energética apenas os modelos que tiveram nota “A” na comparação com modelos da mesma categoria ou na comparação geral, e no mínimo B na outra classificação.
Veja os carros que receberam o Selo Conpet em 2016 (ordem alfabética):

MICROCOMPACTOS
Chery New QQ
Fiat Mobi
Kia Picanto (câmbio manual)
Smart Fortwo
Esta nova categoria utilizada pelo Inmetro reúne apenas 5 modelos e suas versões. Entre eles, apenas o Fiat 500 e o Kia Picanto com câmbio automático não receberam o Selo Conpet de eficiência energética.
O recém-lançado Fiat Mobi recebeu a nota máxima “AA” apenas na versão Easy, sem ar-condicionado e sem direção hidráulica, com consumo médio combinado (estrada e cidade) de 9,3 km/l movido a etanol e 13,5 km/l movido a gasolina.
Com os equipamentos básicos de conforto, o consumo do novo compacto da Fiat vai para 8,8 km/l (etanol) e 12,5 km/l (gasolina). Mesmo assim, o Mobi terá o selo do Conpet em todas as demais versões porque teve uma clasificação A e outra B.
O Chery New QQ, que se tornou brasileiro depois de muito atraso, levou a nota máxima nas duas versões a gasolina, registrando 12,9 km/l. O último modelo da categoria é o pouco visto Smart Fortwo, que cravou média combinada de 13,7 km/l, também com combustível derivado de petróleo.

SUBCOMPACTOS
Fiat Uno Evolution
Fiat Palio Fire (sem ar-condicionado e direção assistida)
Fiat Uno Vivace (sem ar-condicionado e direção assistida)
Volkswagen Up!
Volkswagen Up! TSI
Nesta categoria, a Fiat conseguiu a nota máxima AA e o selo do Conpet em versões mais simples, como o Palio com motor 1.0 Fire Evo, e também no Novo Uno Evolution, que é o único da linha equipado com start-stop – sistema que desliga o motor durante as paradas para economizar combustível. O Palio Fire Evo registrou consumo médio combinado de 9,4 km/l (etanol) e 13,4 km/l (gasolina). Já o Novo Uno Evolution aparece com 9,3 km/l (etanol) e 13,5 km/l (gasolina).
Já o subcompacto da Volkswagen levou a nota máxima AA em todas as versões, com consumo médio variando de 9,3 km/l (etanol) e 13,7 km/l (gasolina) no Up! Cross I-Motion (equipado com câmbio automatizado) até 10,2 km/l (etanol) e 14,8 km/l (gasolina) nos modelos equipados com o motor 1.0 turbo de 3 cilindros (TSI).

COMPACTOS
Chevrolet Onix (câmbio manual)
Citroën C3
Citroën DS3
Fiat Siena EL (sem ar-condicionado)
Ford Ka
Ford New Fiesta 1.6
Honda Fit
Hyundai HB20 1.0 e 1.6 (com câmbio manual)
Nissan New March
Peugeot 208
Renault Sandero 1.0
Toyota Etios
Volkswagen Novo Gol 1.0
Volkswagen Fox 1.0
A Chevrolet estreia não muito bem no ranking de consumo do Inmetro. Modelo mais vendido do Brasil atualmente, o Onix conseguiu o Selo do Conpet apenas nas versões 1.4 com câmbio manual, medindo 8,6 km/l (etanol) e 12,3 km/l (gasolina). Os modelos 1.0 registraram média pouco menor com etanol (8,4 km/l), mas já foi o suficiente para ficar com a classificação B nos dois tipos de comparação.
Nesta categoria, o guardião da eficiência energética é o Peugeot 208, equipado com motor 1.2 de 3 cilindros, que obteve média similar a de veículos híbridos, de 11,2 km/l (etanol) e 15,9 km/l (gasolina).

MÉDIO
Audi A1 Sportback
Chevrolet Prisma 1.4 (câmbio manual)
Ford Ka+
Ford New Fiesta Sedan (câmbio manual)
Honda City
Hyundai HB20S 1.0 e 1.0 Turbo
Lexus CT200h
Nissan New Versa
Toyota Etios Sedã
Toyota Prius
Volkswagen Golf 1.4 TSI (câmbio manual)
Volkswagen Voyage 1.0
Nesta categoria, a Ford se destaca com as versões sedã do Ka. Com motor 1.0, ele apresentou consumo médio de 9,5 km/l (etanol) e 13,8 km/l (gasolina). Outro destaque é o Honda City, empurrado por motor 1.5 e câmbio CVT, com 9,2 km/l (etanol) e 13,2 km/l (gasolina).
O HB20S se valeu do novo motor 1.0 turbo para emplacar também duas notas A, com 9,2 km/l (etanol) e 13,2 km/l (gasolina). Mas nenhum se equipara aos híbridos Lexus CT200h, com 15 km/l, e Toyota Prius, com 18 km/l, ambos abastecidos com gasolina. O Prius é o mais econômico do Brasil no ranking geral.

GRANDE
Audi A3 Sedan 1.4 TSI
BMW X1 xDrive20i
Citroën C4 Lounge
Ford Focus Hatch 1.6
Honda Civic 1.8
Kia Cerato (câmbio manual)
Mercedes-Benz GLA 250
Subaru Forester (L e S)
Toyota Corolla
Volkswagen Golf Variant 1.4 TSI
Volkswagen Jetta 1.4 TSI
Entre os “carros grandes”, categorizados pelo Inmetro, três modelos com selo de eficiência possuem o mesmo motor 1.4 turbo: A3 Sedan, Golf Variant e Jetta – todos nacionalizados recentemente. No entanto, nenhum obteve duas notas A.

EXTRA GRANDE
Ford Fusion Hybrid
Mercedes-Benz Classe C 180
Peugeot 408 1.6 THP
Volkswagen Passat
Até a chegada do Prius, o Fusion híbrido era o carro mais econômico do Brasil. Agora ele divide o segundo lugar com o Peugeot 208 1.2, ambos com média de 15,9 km/l, abastecidos com gasolina. Mesmo assim, o Fusion Hybrid é o único da categoria a ter classificação “AA”.
O Mercedes-Benz Classe C ganhou em abril o motor 1.6 bicombustível e registrou consumo médio de 7,9 km/l (etanol) e 11,4 km/l (gasolina). O Peugeot 408, com propulsor 1.6 turbo, foi um pouco melhor, com 8,0 km/l (etanol) e 11,6 km/l (gasolina), no ciclo combinado.

UTILITÁRIO ESPORTIVO COMPACTO
Fiat Uno Way
Hyundai HB20X (câmbio manual)
Suzuki S-Cross
Muitos SUVs conseguiram nota A de consumo dentro da categoria, mas foram poucos os que levaram notas boas no geral também, por isto, apenas 3 modelos receberam o selo de eficiência.
E estes 3 não são bem utilitários, mas versões de compactos que receberam modificações. Isto mostra que, embora estejam na moda, os utilitários esportivos em geral não são tão eficientes em relação a consumo de combustível.

CARGA DERIVADO
Fiat Fiorino
Fiat Novo Uno Furgão
Volkswagen Saveiro
Estranhamente, a Saveiro aparece como “carga derivado” e ficou entre os mais eficientes, quando equipada com pneus de baixo atrito. As versões cabine dupla Trendline e Highline tiveram consumo médio de 8,0 km/l (etanol) e 11,4 km/l (gasolina).
OS MAIS ‘BEBERRÕES’
De acordo com a lista 2016 do Inmetro, nenhum modelo considerado “utilitário esportivo grande”, “fora de estrada”, “comercial” ou “picape” ganhou o selo do Conpet de eficência energética.
As piores possíveis notas possíveis – duas vezes “E” – foram dadas aos modelos Subaru WRX STi 2.5, Audi A8 L 6.3, Audi Q5, Dodge Durango, Jaguar XJ, Lexus LS460, Maserati Ghibli, Mercedes-AMG S 63, Rolls-Royce Ghost, Volkswagen Touareg V6, Hyundai Tucson, Jeep Grand Cherokee, Mercedes-AMG GLE 63, Mercedes-Benz GLE 400, Volkswagen Tiguan, BMW X6 M, Jeep Wrangler, Range Rover Sport 5.0, Range Rover Vogue, Mitsubishi Pajero 4×4, Porsche Cayenne Turbo, Porsche Macan Turbo, Chrysler Town & Country, Dodge Journey, Kia Carnival, Peugeot Boxer, Mercedes-Benz Sprinter, Mitsubishi L200 Triton, Audi R8, Ferrari 458 Speciale, Ferrari F12Berlinetta, Lamborghini Aventador, Lamborghini Huracan, Maserati Gran Turismo, Maserati Quattroporte, Porsche Panamera Turbo.
fonte:http://g1.globo.com/